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Leandro Vilar

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Krampus e os festejos natalinos sombrios

Originário de data incerta na Alemanha e Áustria, existem lendas antigas que falam de um demônio caprino que durante o final do ano visitava as casas para pregar travessuras ou punir as crianças que foram malvadas. A lenda do Krampus possui variações de acordo com a época e o local, indo desde um demônio em forma de bode negro que simplesmente assustava a população das vilas e aldeias, até passar a ser associado a São Nicolau e depois o Papai Noel, tornando-se uma figura natalina. Nesse texto procurei contar alguns aspectos da história dessa bizarra criatura que ainda hoje é lembrada anualmente em festivais dedicados especialmente a ele. 

Quem é o Krampus?

O nome Krampus advém do alto-alemão antigo krampem, que pode ser traduzido como garra ou grampo. O termo é antigo, pois existem relatos do século XVI que falam de uma criatura sinistra que no mês de dezembro aparecia nas vilas e cidades. Nesse ponto, o Krampus ainda não estava associado necessariamente ao Natal. Adiante veremos como se desenvolveu essa associação. 

Neste caso, o Krampus  é uma figura antiga que se desconhece exatamente quando ele surgiu. Inclusive suas funções e aparência se confundem com outros seres monstruosos como o Percht, o Klaubauf, o Knecht Ruprecht e o Stampa. Para Claude Lecouteux (2016), o Krampus e os demais monstros podem ser entendidos como figuras locais do bicho-papão (bogeyman), especialmente oriundas do sul da Alemanha e da Áustria, regiões com grande contato cultural, tenham desde o final do medievo disseminado a crença nesses seres bestializados, que foram incorporados pelo folclore cristão, associando-os a São Nicolau e depois ao Natal. 

Todavia, Lecouteux (2016) assinala que não devemos considerar tais criaturas como sinônimos, pois as características delas mudam. Além disso, ele sublinha rapidamente que tais seres sejam também reflexo de práticas medievais e modernas das mascaradas, festejos nos quais em determinadas épocas do ano, as pessoas (geralmente adolescentes e jovens), vestiam máscaras ou fantasias sombrias, para assustar, pedir dinheiro, comida, pregar travessuras, fazer procissões, baderna, etc. Adiante comentaremos acerca desses festejos e suas implicações sociais e religiosas com o carnaval, o Halloween, o dia dos mortos e o Natal.


Propaganda alemã natalina do Krampus, c. 1900. 
Representações iconográficas do Krampus anterior ao século XX são raras e bastante difíceis de achar, porém, os relatos escritos falam dessa criatura antes do século XVIII. Tais relatos preservados em livros sobre folclore e cultura popular, falam a respeito de uma criatura sombria, com aspectos de um bode bípede, o qual era descrito tendo geralmente pelos negros ou marrons, apesar de haver menções a pelos cinzas e até vermelhos. O Krampus também é normalmente descrito possuindo chifres, garras, olhos grandes e pavorosos, uma língua vermelha grande e fina. As vezes é descrito como tendo cauda ou não. Carregando um saco, cesta, correntes e sinos. Os sinos eram usados para avisar de sua chegada. Embora em algumas histórias ele use o ranger de correntes para isso, que também serviria para aprisionar as crianças, as quais as colocaria em seu saco ou cesta. (CARTER, 2016, p. 16). 

As mascaradas

Apesar do Krampus ser uma criatura oriunda do folclore pagão-germânico, que por sua vez, mesclou-se com o folclore cristão-germânico, o Krampus é um ser que não aparece de forma isolada nas histórias, ele passou a ser retratado junto aos festejos de fim de ano, estando associado com São Nicolau (ou o Papai Noel). Mas antes de chegar nesse ponto, falarei um pouco sobre as mascaradas. O conceito de mascarada possui distintos significados, pode se referir a prática de usar máscaras somadas ou não a fantasias diversas, para se realizar distintos tipos de festejos, em diferentes épocas do ano. Porém, o termo também era aplicado para um tipo de festejo popular em alguns países europeus entre os séculos XVI e XVIII, estando associado ao carnaval. (HONIGMANN, 1977, p. 274-275).

No caso, o uso de máscaras entre os povos europeus é algo antigo. Os gregos já faziam uso de máscaras em seu teatro, os romanos usavam máscaras em festejos. Temos povos celtas, germânicos e eslavos usando máscaras para motivos ritualísticos, religiosos, militares, etc. E mesmo após a cristianização do continente, tal motivo manteve-se. Antigas práticas pagãs, fossem de ordem social, religiosa ou festiva continuaram a ser realizadas, sendo assimiladas pela cultura cristã, e em alguns casos foram reformuladas. Esses festejos públicos eram praticados tanto no meio rural quanto no urbano, por ricos e pobres. A partir do século XI encontramos relatos da Festa do Burro, Festa dos Loucos, Festa dos Inocentes, etc. considerados por alguns como os antecessores do Carnaval. (BORGES, 2001, p. 32). No século XIII encontram-se relatos sobre o carnaval em Veneza, e festejos similares em outras cidades italianas e francesas. 

Peter Burke (2010) comenta que as mascaradas foram populares ao longo de séculos em vários países europeus, e ainda hoje algumas dessas práticas ocorrem. Burke salienta que em geral as mascaradas estavam associadas com datas ou período religiosos, oriundos de tradições pagãs e cristãs. Assim, encontramos essas folias e festejos durante os meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março, estando associados com o Natal, a Epifania, Dia de Reis, o Carnaval, a Quaresma e a Páscoa. Posteriormente em junho, temos celebrações associadas aos folguedos de São João e outros santos do período. No final de outubro e começo de novembro, temos o período do Halloween, Dia de Todos so Santos, Dia de Finados

Nessas datas as mascaradas poderiam conservar um tom que transintava entre o sagrado e o profrano. Por exemplo, os festejos do Halloween, que consiste em uma cristianização de práticas pagãs celtas, associadas com o festival do Samhain, que envolvia o culto aos antepassados (ou aos mortos na visão cristã), no século XVI, época que esse antigo rito pagão foi absorvido pelo cristianismo, o Halloween já apresentava jovens usando máscaras, os quais carregavam tochas e sinos para assinalar a procissão da "véspera de dia de santos". Procissão esse que percorria cidades, vilas e fazendas, anunciando o início da vigília pelos santos, e em alguns casos indo até igrejas e cemitérios, onde se levavam flores, leite e pão, depositados como oferendas. Esses jovens em alguns casos, pediam dinheiro ou comida, ou poderiam fazer travessuras durante o trajeto, ou aproveitar a ocasião. Além disso, tal mascarada poderia durar três dias, e não apenas a data de 31 de outubro. (ROGERS, 2002). 

No entanto, Burke (2010) comenta que não necessariamente esses festejos fossem algo religioso. Algumas dessas mascaradas mantinham vínculo a datas religiosas tanto de origem pagã, quanto cristã, mas já se apresentavam dessacralizadas, tornando-se algo mais "profano", relacionadas a diversão, comilança, bebedeira, etc. como no caso do carnaval. O autor também comenta que mesmo festejos associados com a Epifania e o Dia de Reis, durante a Idade Moderna, já apresentavam um viés dessacralizado, reunindo banquetes e jogos. Por outro lado, em alguns casos, essas mascaradas poderiam representar críticas sociais, reproduzindo-se estereótipos sociais: o herói, o vilão, o bobo, o médico, o padre, o rei, o papa, etc. e até criticarem governantes ou pessoas ilustres. Algo bem comum nos festejos carnavalescos. 

O Dia de São Nicolau

Chamado de Nicolau de Mira (?-350), nasceu em local e data incertos na Ásia Menor (atualmente Turquia), atuando como bispo de Mira, tendo supostamente em vida realizado milagres curativos, que lhe renderam a fama de taumaturgo (milagreiro). Além dessa fama como taumaturgo, Nicolau envolveu-se em disputas teológicas, foi perseguido pelos romanos e até cristãos opositores a suas ideias; teria demonstrado atenção em acolher e ajudar os pobres, especialmente as crianças carentes e órfãs. Teria falecido em 6 de dezembro de 350, em Patara, na Ásia Menor. Seus restos mortais mais tarde foram levados para a cidade italiana de Bari, onde se construiu uma igreja e difundiu-se sua história pela península italiana. 


Ícone russo representando São Nicolau. Século XVIII. 
Todavia, em data incerta na época das Cruzadas (XI-XIII) foi que São Nicolau começou a ganhar fama. Desse período datam histórias (mais lendas do que realidade), que em algumas campanhas de cruzados foram achados relíquias desse santo, as quais deram boa sorte aos cruzados e foram levadas para a Europa. A história desse antigo bispo e santo foram resgatadas e difundidas pela Grécia, Rússia, Itália, França e posteriormente em outros países. (WALTER, 2014, p. 84). No caso, Castro e Coelho (2015, p. 257) comentam que ainda no século XII, já aparecem histórias populares falando sobre os milagres de São Nicolau e a condição de que nas noites do dias 5 e 6 de dezembro, homens se vestiriam com capa de viagem, usariam uma mitra ou outro tipo de chapéu, e sairiam pelas vilas distribuindo esmolas e outros presentes. 

No século XVI com o advento da Reforma Protestante em voga, a figura de São Nicolau nos territórios protestantes foi abandonada ou escanteada, sendo trocada em alguns casos pela imagem do Menino Jesus (Christkindl). Um adolescente usando um traje longo, passou a assumir a função de São Nicolau, assim durante o mês de dezembro o garoto distribuía presentes, geralmente as crianças. Porém, essa tentativa dos luteranos de querer suplantar a fama do santo católico não deu certo. Em territórios alemães do sul, onde prevaleceu o catolicismo, Nicolau ainda continuou a ser representado em seus festejos. Até países posteriormente que se tornaram protestantes como a Holanda, Bélgica e Inglaterra, a figura do santo presenteador permaneceu. (CASTRO; COELHO, p. 257). 

No século XVII surgem poemas, canções, contos e outras histórias sobre acompanhantes de São Nicolau, entre os quais dependendo da região encontram-se anjos, gnomos, fadas e seres chamados Klaubauf e Knecht Ruprecht. No caso do primeiro, o Klaubauf era descrito como um ser monstruoso, podendo ser baixo como um anão ou ter a estatura de um homem comum. Sendo uma criatura peluda e de cara grotesca. O Klaubauf aparecia mais como acompanhante de São Nicolau na região austríaca de Tyrol. Por sua vez, no sul da Alemanha tínhamos o Knecht Ruprecht (servo Ruprecht) o qual era representado de distintas formas, podendo ser um homem barbudo com trajes de servo, um homem negro, ou um demônio preto com chifres, ou um homem usando vestes pretas e uma máscara com barba e chifres, etc. No caso, o Ruprecht já era descrito como o responsável por castigar as crianças mal-comportadas. (LECOUTEUX, 2016, p. 137-139).



São Nicolau e o Knecht Ruprecht. Imagem retirada do livro Encyclopedia of Norse and Germanic folklore, mythology and magic (2016). 

Gerry Bowler (2007, p. 31) sublinha que entre os séculos XVI e XIX, a Europa vivenciou uma onda de manifestações folclóricas associadas a revalorização de sua cultura ou a adaptação de antigas crenças para a modernidade. Assim, antigos seres como duendes, gnomos, fadas, bruxas, ogros, bichos-papões, lobisomens, fantasmas, demônios e outros seresm fantásticos foram trazidos a tona, tornando-se presentes nas narrativas folclóricas, nos contos de fada e nas mascaradas. 

Sobre isso, Honigmann (1977, p. 273-275) comenta que na Idade Moderna e começo do XIX, as mascaradas passaram a representar em alguns casos a contra-ordem, a rebeldia, o satírico, o carnavalesco depravado, a crítica social, etc. mas também observou-se um dualismo moral, onde figuras representavam as noções de bem e mal cristãs, mas transvestidas com aspectos pagãos. Assim, o bom velhilho São Nicolau não poderia mais punir as crianças malvadas com tapas ou puxões de orelha, alguém teria que aplicar o castigo, e no melhor exemplo de mentalidade cristão da época, o trabalho sujo sobrava para seres repugnantes. 

Surge o Krampus

Como comentado anteriormente não há uma data exata de quando o Krampus surgiu. Mas provavelmente ele tenha surgido entre os séculos XVII e XIX, época na qual como comentado por Bowler (2007) e Honigmann (1977) houve uma revalorização de criaturas folclóricas em alguns países europeus, ao mesmo tempo em que mudanças morais eram percebidas quanto a figura desses santos e os próprios festejos de fim de ano. O que Honigmann chamou de "carnavalização", concedeu a antigos festejos como o Dia de São Nicolau uma aparência não necessariamente extravagante, mas uma dualidade entre sagrado e profano, e um crescimento desse festejo, com direito a criar desfiles de krampusses (plural de Krampus). 

Por outro lado, segundo Bowler (2007), a ideia de ajudantes macabros de São Nicolau, talvez tenha sido uma resposta a mudanças propostas pelos protestantes luteranos na Alemanha. Ao substituir a figura do santo pela imagem do Menino Jesus (Christkindl), como forma de aproximar esse festejo ainda mais da celebração do Natal, no dia 25 de dezembro, a nova formulação retirou do Menino Jesus a função de punir as crianças desobedientes e malcriadas, passando-o a pôr no lugar, diabretes, bichos-papões e outras criaturas que fariam esse serviço. Para Bowler e Honigmann isso seja reflexo da incorporação da imagem do Diabo. Jesus salva e agracia, mas o Diabo castiga. Por tal viés, seres como o Klaubauf, o Knecht Ruprecht e o Krampus tomam essa função, passando a serem os agentes castigadores. 


São Nicolau visita uma família. VJurij Subic, Viena, 1886-1902. Nessa gravura, vemos Nicolau acompanhado de um anjo, e atrás deles uma criatura chifruda que é o Krampus. 
Assim com a mudança cultural sobre o papel de São Nicolau em dar presentes agora somente para as crianças boas e comportadas, sendo lhe retirado a função de castigar as crianças malcriadas, essa segunda função foi atribuída a outros seres, entre os quais, o Krampus. O qual como comentado incorpora essa imagem do Diabo. Enquanto o Klaubauf lembra um monstro peludo com cara grande e grotesca, e o Knecht Ruprecht possui diferentes formas dependendo da região, o Krampus normalmente era descrito com aspectos caprinos, como comentado anteriormente. Possuindo chifres de carneiro ou de bode, e pés de cascos. No caso essa visão caprina remete a identificação desse animal com Satanás no medievo, um elemento a mais para tornar a figura do Krampus ainda mais assustadora. Passando ele a ser o "demônio do Natal", aquela criatura sinistra que no dia 6 de dezembro surge para punir as crianças. 

Mas embora as lendas falem que o Krampus era uma criatura que castigava as crianças, na prática isso não ocorria. Nos festejos do Dia de São Nicolau os homens vestidos de Krampus não iam bater nos filhos dos outros. Eles fantasiados de Krampus, acompanhavam o santo em sua entrega de presentes ou apenas na formalidade de passear pela vila ou bairros de uma cidade, então o Krampus aproveitava para gritar, fazer barulho, assustar as crianças e os adultos. 


Foto antiga de São Nicolau e do Krampus. Século XX. 

O Krampus atualmente

Na transição do século XIX para o XX se popularizou gravuras, imagens, cartões natalinos, propagandas, etc. retratando o Krampus. O qual apesar de ainda ser retratado como uma criatura sinistra, tenha ainda assim ganhado fama, tornando-se um personagem folclore natalino, especialmente na Alemanha e na Áustria. Porém, a trajetória do Krampus ao longo do século XX foi incerta. Em determinadas áreas sua presença ao lado de São Nicolau era simplista, em outras perdeu a importância. Todavia, por volta da década de 1970, anos o Krampus se renovou em ganhou grande destaque. (HONIGMANN, 1977). A afeição por esse personagem sombrio levou grupos de amigos a criarem desfiles e passeatas apenas com a presença de krampusses, ao ponto que em alguns casos a figura de São Nicolau é excluída desses festejos que ainda ocorrem em dezembro, mas podendo variar de data. (CARTER, 2016). 


Fotografia do Krampusnacht em 2015.
Atualmente em alguns estados alemães e austríacos ocorrem os maiores festejos dos Krampus, chamados de Krampusnacht (Noite do Krampus), sendo celebrados no dia 5 de dezembro. Carter (2014) dedicou alguns capítulos da sua tese a analisar como em pequenas cidades alemães e austríacas a Noite do Krampus (5 dezembro) e o Dia de São Nicolau (6 de dezembro) tornaram-se datas bem movimentadas para o turismo. A atenção dada especialmente mais ao Krampus, gerou um comércio local específico para produtos desse personagem. Assim, ao longo de alguns dias de dezembro chegam a ocorrer desfiles de krampusses, jogos, shows, espetáculos, procissões e outras atividades, o que alavanca o comércio local e o turismo. A autora percebe como o Krampus deixou de ser uma figura obscura e remota do folclore germânico e tornou-se um novo símbolo para o turismo natalino, passando sua data ser comparada ao Halloween americano devido a grande movimentação de pessoas nas ruas, desfiles de fantasias e outras atividades. 


O Krampuslauf em Munique, Alemanha, 2017. 
NOTA: O Krampus tornou-se tão popular que ele passou a ser representado em livros, desenhos animados, filmes, séries, videogames, histórias em quadrinhos, etc.
NOTA 2: Enquanto o Dia de São Nicolau é celebrado em vários países europeus, os festejos associados apenas ao Krampus ainda estão restritos a Alemanha e a Áustria, embora cidades de países vizinhos começaram a aderir a brincadeira. Nos Estados Unidos e no Brasil também existem de forma bem modesta a Noite do Krampus. No caso americano temos o Krampusnacht sendo realizado em algumas cidades na Filadélfia, Indiana, Califórnia, etc. Já no Brasil, esse se concentra no estado de Santa Catarina, na região do Vale do Itajaí, sendo chamado de Pensenique, Pelznickel, Papai Noel do Mato, etc. 

Referências bibliográficas: 
BORGES, Paulo Alexandre Esteves. Da loucura da cruz à festa dos loucos. loucura, sabedoria e santidade no cristianismo. Cadernos Vianenses, tomo XXIX, jan. 2001.  
BOWLER, Gerry. Papai Noel: uma biografia. São Paulo, Planeta do Brasil, 2007. 
BURKE, Peter. Cultura popular na Idade Moderna. São Paulo, Companhia de Bolso, 2010. 
CARTER, Molly. Perchten and Krampusse: living mask traditions in Austria and Bavaria. PhD in Folklore and Cultural Tradition, National Centre for English Cultural Edition, 2016. 
CASTRO, Álisson Sousa; COELHO, Ilanil. Percursos de personagens natalinos da Europa para a América: entre familiaridade e estranhamento. Métis: história e cultura, v. 13, n. 27, jan/jun 2015, p. 253-276. 
HONIGMANN, John J. The masked face. Ethos, vol. 5, n. 3, 1977, p. 263-280. 
LECOUTEUX, Claude. Encyclopedia of Norse and Germanic folklore, mythology and magic. Translated by Jon E. Graham. Vermont, Inner Traditions, 2016. 
ROGERS, Nicholas. Hallowenn: from pagan ritual to party night. New York, Oxford University Press, 2002. 
WALTER, Philippe. Christian Mythology: revelations of pagan orginsTranslated by Jon E. Graham. Vermont, Inner Traditions, 2014.

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