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Atenciosamente
Leandro Vilar

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

A república de novembro

Há mais de 120 anos era instaurado no dia 15 de novembro de 1889 uma nova era na história do Brasil e de seu povo. Era o inicio do sonho republicano como fora visto por parte daqueles que lutaram para que tal sonho viesse a se tornar realidade. No entanto após este mais de um século de república, alguns fatos sobre a sua fundação ainda são controversos e motivos de debate. Nas linhas a seguir levantarei alguns dos motivos mais apoiados pela maioria dos historiadores que alegam sendo tais motivos os principais desencadeadores do processo que culminou no golpe militar do 15 de novembro.

Para grande parte da população o principal evento que desencadeou a proclamação da república partiu da iniciativa militar que se opusera ao governo monárquico de D. Pedro II. Na realidade isso não fora bem assim. Claro que o exército teve sua contribuição neste processo, porém outros fatores agiram para que tal fato viesse a ocorrer. Sendo assim irei expor alguns dos fatores que contribuíram para o desenrolar deste acontecimento politico que mudou em parte a história do Brasil.

Uma das primeiras questões a serem
enumeradas, diz respeito a Abolição da escravidão, proclamada em 13 de maio de 1888, pela Lei Áurea, assinada pela princesa-regente D. Isabel, ocorrida praticamente um ano antes do advento da república, a abolição teve uma grande repercussão na época para a sociedade brasileira. No entanto isso não significa que tivesse sido um forte motivo para a ascensão da república. A história da abolição da escravidão estava profundamente envolvida com o futuro econômico da nação no final do século XIX. Para aqueles que ainda defendiam a escravidão, aboli-la seria um erro crasso. Os escravos eram a mão-de-obra do país, eram eles que sustentavam a economia, sem eles o país entraria em colapso. Bom, era assim que os escravocratas vinham a abolição, mas, veremos pelo ponto de vista daqueles que diziam que a abolição não traria uma crise econômica ao Brasil. Mas, antes devemos voltar alguns anos no império para reavaliar alguns fatos importantes para esta questão.
  • Em 4 de setembro de 1850 fora aprovada a Lei Eusébio de Queirós, na qual proibia o tráfico negreiro pelo Atlântico. Sendo assim, não se poderia traficar mais escravos de África para o Brasil. Isso afetou diretamente o contigente populacional de escravos em território brasileiro, já que a economia escravocrata brasileira dependia muito da importação de escravos. No entanto isso não gerou um caos como era esperado na época. O tráfico ilegal ainda permaneceu por alguns anos, mesmo após a aprovação da lei. Tal fato levou a Inglaterra a pressionar ainda mais o governo brasileiro para combater o tráfico tanto marítimo como terrestre. Gradativamente a população escrava fora diminuindo, devido ao índice de mortalidade, especialmente alto entre os homens e ao aumento do número de alforrias concebidas aos escravos. 
  • Em 28 de setembro de 1871, o Partido Liberal aprovou a Lei do Ventre Livre ou Lei Rio Branco. Na qual concedia a alforria a todos filhos de escravos nascidos após a aprovação da lei.
  • Em 28 de setembro de 1885 era aprovada a Lei dos Sexagenários ou Lei Saraiva-Cotejipe, na qual concedia a liberdade a todos os escravos que tivessem mais de 65 anos.
Além da aprovação destas três leis, pouco a pouco, principalmente a partir de 1870 em diante, o número de escravos livres fora aumentando. Um dos motivos que contribuiu para isso, além da pressão feita pelo governo da Inglaterra e dos Estados Unidos, fora a emigração de estrangeiros vindos principalmente para província de São Paulo e as províncias do Sul do país. Um grande número de italianos e alemãs chegavam ao país para trabalhar nas fazendas de café do Oeste Paulista.

Nessa época o país começava sua marcha para se industrializar e se tornar efetivamente uma nação capitalista
. Sendo assim, a escravidão era um obstáculo para o crescimento do capitalismo. Além de o capitalismo valorizar a produção em massa, ele necessita principalmente do consumo, sem isso não haveria uma larga produção. Então como os escravos não recebiam salário, eles não poderiam consumir praticamente nada, e para a visão capitalista isso não serve. O trabalhador assalariado por mais que ganhe pouco, terá que consumir para se manter e realizar seus sonhos, nesse caso, a escravidão era um empecilho para o desenvolvimento econômico do país.

"É preciso notar ainda que a abolição afetou os setores que se mantinham apegados ao trabalho escravos e
estes, na década de dos oitenta, constítuiam a parcela menos dinâmica do país". (COSTA, 1987, p. 328).

"O enfraquecimento dos grupos
tradicionais que tinham sido o suporte da Monarquia durante todo o império, abalou as bases do Trono. A abolição representaria para esses grupos um rude golpe. Enfraqueceriam-se mais ainda as bases sociais, já debilitadas, sobre as quais se apoiava a Monarquia". (COSTA, 1987, p. 341).

No primeiro censo demográfico re
alizado no Brasil em 1872, por mais que não tenha sido 100% preciso devido a vários empecilhos para a época, ele constatou que a população brasileira era estimada em cerca de 9.930.478 habitantes, sendo que 5.123.869 eram homens e 4.806.609 eram mulheres. Deste total cerca de um pouco mais de 1 milhão de indivíduos eram escravos, e tal número decaiu até o ano de 1888.

No entanto havia aqueles que diziam que a abolição realizada pela Princesa Isabel não servira como base para a república, mas sim como forma de prolongar a permanência do império, como assim dizia Aristides Lobo:

"Num artigo publicado no Diário de S. Paulo, em maio de 1888, considerava a Lei Áurea uma tentativa de salvar a Coroa. No seu entender, a princesa tivera a sabedoria "de acudir a um incêndio que começava a arder nas proximidades do Trono". (COSTA, 1987, pp. 327-328).

Não obstante, além da questão econômica e da abolição, a questão religiosa as vezes é considerada como um dos fatores que contribuiu para a proclamação da república, sendo que neste caso, a Igreja estava diretamente ligada ao meio político, no qual havia padres, bispos, paróquias, dioceses que defendiam a permancência da monarquia, e outras que eram puramente ligados aos maçons e a luta republicana.

"Os republicanos, como os demais, estiveram divididos em face da Questão Religiosa: uns eram favoráveis aos maçons, outros aos bispos e, por isso, indiretamente, os primeiros apoiavam a politica do governo". (COSTA, 1987, p. 329).

Partido Republicano só veio se instaurar no Brasil a partir do ano de 1870, se espalhando pelo país, mas tendo o maior número de adeptos nas províncias do Rio de JaneiroSão PauloMinas Gerais e Rio Grande do Sul. Os ideias republicanos se espalharam rapidamente pelas patentes mais baixas do exército brasileiro o qual retornava da desastrosa Guerra do Paraguai (1864-1870), a qual causou uma crise econômica no país devido aos altos gastos consumidos durante a guerra. Somando-se a isso, havia o descontentamento dos abolicionistas pela demora do fim da escravidão, o descontentamento de grande parte da população pelo governo decadente de D. Pedro II. Tais fatores e dentre outros colaboraram para que o número de adeptos a república crescesse nos anos seguintes.

"O fato de constituir uma minoria nã
o significa entretanto que os republicanos não exercessem um papel significativo no movimento, pois minorias ativas e organizadas sempre foram fatores primordiais em movimentos revolucionários, desde que exista disponibilidade estrutural". (COSTA, 1987, p. 331).

"A partir de 1885 o movimento repu
blicano recrudesceu. Em 1888 vários jornais converteram-se ao republicanismo. As adesões multiplicaram-se". (COSTA, 1987, p. 353).

Mesmo constituindo uma minoria, a desenvoltura republicana ganhou a aceitação pública mediante a sua forte propa
ganda atráves dos jornais que começavam a divulgar as ideias do Partido Republicano. Não obstante outro fator que contribuiu para a difusão dos ideais republicanos fora a introdução da filosofia do Positivismo de Augusto Comte (1798-1850). A influência do positivismo fora de suma importância para o desenvolvimento da primeira república do Brasil, e de fato ainda hoje a Igreja Positivista do Brasil, fundada em 1881, ainda se encontra de pé no bairro da Glória no Rio de Janeiro. Além deste templo, no qual muitos desconhecem sua existência, existe um símbolo que todo o povo brasileiro conhece, a expressão "Ordem e Progresso" na bandeira republicana do Brasil, é uma citação de origem positivista.

Fachada da Igreja Positivista do Brasil, no bairro da Glória, Rio de Janeiro.
A frase lema inscrita na atual bandeira nacional do Brasil foi baseada numa frase de Augusto Comte, fundador do Positivismo.
A influência positivista existia entre o exército brasileiro mesmo antes da fundação do Partido Republicano. No entanto tal influência começou a crescer após o fim da Guerra do Paraguai quando o exército se institucionalizou de fato. É nesse ponto para aqueles que passaram a seguir o positivismo, viam na república uma etapa necessária para o progresso da história, sendo assim, a monarquia constituía-se um empecilho para este progresso. No entanto tais pensamentos só vão ganhar maior força a partir da década de oitenta do século XIX.

Outro fator que contribuiu para a difusão das ideias republicanas fora o ideal da federação. Antes mesmo do final do império, já corria por entre a politica a questão de transformar o país em uma federação, algo que por um lado ajudaria o desenvolvimento econômico de algumas provincias, nesse caso São Paulo, a  província mais rica e mais desenvolvida 
industrialmente, e também serviria como forma de amenizar a alta centralização do poder na corte no Rio de Janeiro, algo que atrapalhava o governo das outras províncias. De fato, o motivo da aglutinação excessiva do poder central sobre a economia e a política local, fora um dos motivos pelo qual São Paulo nessa época iniciou um movimento separatista para se tornar independente.

"Justificando a necessidade da Federação dizia que as grandes distâncias impediam uma administração eficaz. As diferenças regionais eram um argumento a favor da ideia: tão diferentes se apresentavam os problemas no nordeste e do centro, os do sul discrepavam tanto as demais regiões, que era impossível dar-lhes uma administração uniforme". (COSTA, 1987, p. 343).

O advento da república era uma tentativa de organizar a "bagunça" que estava o governo monárquico nesta época. Grande parte dos fazendeiros de São Paulo eram a favor da república, e no Rio de Janeiro, tais ideais ganharam uma representação urbana. Somando-se isso a todas as demais questões vistas anteriormente, em 1887, o exército cogitou realizar um golpe de Estado.
"A primeira conspiração deu-se em 1887, dois anos, portanto, antes da proclamação da República. Frustou-se, segundo consta, em virtude da intervenção de Tomás Coelho, ministro da Guerra e amigo pessoal de Quintino. A segunda conspiração data de 1888, quando Silva Jardim entrou em contato com Sena Madureira programando uma sublevação". (COSTA, 1987, p. 355).

As duas primeiras tentativas de derrubar o poder falharam. No
entanto o grande apoio do exército, munido com o apoio dos abolicionistas, dos ricos fazendeiros, de membros da politica e de parte da população contribuiu para que a conspiração viesse a dá certo em 15 de novembro de 1889. A própria monarquia tão desgastada nesta época não parecia ter mais forças para resistir a mais uma tentativa. Nesse caso o proclamador da república, o Marechal Deodoro da Fonseca (ver foto) não passou de um mero fantoche para levar à cabo o golpe de Estado efetuado pelos militares, republicanos e positivistas. Deodoro dispunha de grande autoridade no exército e respeito na Corte e no meio político, sua iniciativa fora para muitos uma grande surpresa, até mesmo para o próprio imperador, o qual o tinha como grande amigo. 
Se utilizando a influência de Deodoro como um estopim, a monarquia fora oficialmente derrubada pelo Partido Republicano, que logo tratou de destituir-la do poder. Não obstante, devo dizer que a escolha de Deodoro da Fonseca para assumir como o primeiro presidente da república, fora mediada por voto direto, claro que houve uma fraude naquele dia para que os republicanos derrotassem os monarquistas nas eleições da Câmara, e com a vitória do marechal veio o golpe.

Quadro retratando a Proclamação da República.

D. Pedro II debilitado fisicamente por causa de sua saúde, já não tinha mais interesse e forças de tentar recuperar o império. Sua filha não possuía uma forte influência para realizar isso, além do mais, seus dois filhos homens haviam morrido na infância e só lhe restava como herdeiros suas duas filhas. Mesmo assim, isso não significa que os monarquistas haviam desistido de restituírem o império. Nos primeiros anos da república ocorreram vários incidentes e revoltas contra o novo governo, a fim de derrubá-lo. Entre as revoltas mais conhecidas fora a Guerra de Canudos (1896-1897). A velha república como ficou chamada, se fundamentou inicialmente em um governo oligárquico, militar e federalista.

NOTA: Deodoro da Fonseca governou de 1889 até 1891, quando deixou o poder devido ao fato de está muito doente. Quem assumiu fora o seu vice, Floriano Peixoto.
NOTA 2: Em 1891 fora aprovada a nova Contistuição Brasileira. A primeira de origem republicana.
NOTA 3: A designação República Velha, compreende os anos que vão de 1889 à 1930.
NOTA 4: Prudente de Morais (1841-1902) fora o terceiro e primeiro presidente civil do Brasil, governando de 1894-1898.

Referência Bibliográfica:
COSTA
, Emília Viotti da. Da Monarquia à República: momentos decisivos. Brasília, Editora Brasiliense, 4 edição, 1987.
Grande Enciclopédia Larousse Cultural, São Paulo, Nova Cultural, 1998.

Dados do censo de 1872: 

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censohistorico/1872_1920.shtm

LINKS:



sábado, 14 de agosto de 2010

Um pouco de leitura

Decidi escrever este texto a fim de falar um pouco da minha lista de livros, na qual pode ser vista no lado direito da tela. Bom, além deste fato de falar a respeito destes livros, viso aqui incentivar a leitura entre os brasileiros, algo que infelizmente em grande parte da população é deixada de lado. Os brasileiros em si não possuem um ligação forte com a leitura. Porém, pretendo investir nesta divulgação, fazendo a minha parte.

"Devemos aprender durante toda a vida, sem imaginar que a sabedoria vem com a velhice".
Platão

Sendo assim, aqui faço a minha parte. E espero que meus leitores se sintam mais motivados a buscar o conhecimento e dedicarem algum tempo de sua vida a conhecer o fantástico universo da leitura.

O Anel do Nibelungo (Der Ring des Nibelugen) - ópera

Escrito como uma ópera de quatro partes, o Anel do Nibelungo é considerado por alguns como a maior composição do ilustre compositor alemão Richard Wagner (1813-1883). Nesta grande obra que levou mais de 25 anos para ser terminada, Wagner aborda temas da mitologia nórdica, como gigantes, anões, deuses e valquírias, em uma história de romance, traição, inveja, ódio, cobiça, lamento e esperança.

Anel do Nibelungo é dividido em quatro partes:
  • O ouro do Reno
  • A Valquíria
  • Siegfried
  • O Crepúsculo dos Deuses
Os Analectos (Lún Yú -  論語)

Os Analectos ou Lun Yu como se diz em chinês ou mandarim, consiste num conjunto de vinte pequenos livros, que contêm conversas, frases e pensamentos do célebre filósofo Confúcio (551-479 a.C). Geralmente é creditada a Confúcio a autoria do livro quando vai se comprá-lo, contudo, quem na realidade escreveu o livro foram seus discípulos. Nesse caso, o livro reúne não apenas os ensinamentos e dizeres do mestre, mas também de outros discípulos e de outras pessoas com quem Confúcio conviveu em seu tempo ou falou a respeito. A obra se tornou a principal referência para a doutrina do Confucionismo, nasqual seu mestre pregava a benevolência, a sabedoria, a coragem, a honra, a moral, a gentileza, a humildade, a paciência, a perseverança, a cautela, a constância, etc. Mesmo após 2.500 anos, o Confucionismo ainda é muito estudado no Oriente, embora seja mais desconhecido no Ocidente. 

Anjos e Demônios (Angels e Demons)

Escrito por Dan Brown e lançado no ano de 2000, consiste na primeira aventura do simbologista Robert Langdon, antes do bestseller O Código Da Vinci. Aqui, ao invés de se explorar Paris e a Inglaterra, Langdon viajava inicialmente para o CERN (Conselho Europeu para a Pesquisa Nuclear) na Suíça, a fim de investigar um misterioso assassinato de um dos importantes cientistas da organização. Na cena do crime, Langdon se depara com uma marca deixada pelo assassino, um antigo símbolo, com o nome Illuminati. Os Illuminati foram uma sociedade no passado que tentou destruir a Igreja Católica, e agora eles estavam de volta para levar à cabo esta missão.

Robert Langdon neste livro, explorar a Cidade Eterna de Roma, atrás do misterioso assassino, como também de encontrar os quatro cardeais sequestrados, os quais são os favoritos para assumirem como novo papa, além de ter que evitar que uma bomba de antimatéria exploda a cidade do Vaticano.

Apologia de Sócrates

Como muitos devem saber, Sócrates não deixou nenhum trabalho escrito. Alguns sugerem que ele fosse analfabeto. Mas, de qualquer forma seus ensinamentos ainda resistem após mais de 2 milênios. Neste livro escrito por volta do século IV a.C por Platão (428-348). Narra o discurso de Sócrates em seu julgamento, no qual levou a sua sentença à morte. Neste discurso pode se extrair algumas das ideias da filosofia pregada por Sócrates e preservada pelo seu principal discípulo, Platão. 

Aristocratas versus Burgueses? A Revolução Francesa 
(The French Revolution: Aristocrats versus Bourgeois?)

Publicado em 1987 pelo historiador T. C. W. Blanning, atual professor de História Moderna da Europa, na Universidade de Cambridge (Inglaterra), compôs este trabalho historiográfico revelando um outro lado dos processos que levaram ao desencadeamento da Revolução Francesa em 1789 e algumas das consequências que deste processo surgiram. Geralmente pensa-se que a revolução fora uma iniciativa da burguesia, lider do Terceiro Estado que levou a insurreição do povo contra a monarquia absolutista de Luís XVI, Blanning demonstra que não fora apenas o Terceiro Estado que tinha interesse em uma revolução, na realidade havia todo um jogo de interesses por trás do processo revolucionário. Uma parte da burguesia era contra tal manifestação, e até mesmo houve apoio da pequena nobreza para que se pusesse fim ao governo absolutista. Entretanto, também pode-se citar que o pensamento ilustrado iluminista o qual tivera uma grande influência sobre os lideres da revolução partiu, de filósofos que pertenciam a nobreza. Não obstante, outra dentre várias questões que Blannig trata nesta sua curta mais produtiva obra, diz respeito as consequências que a revolução gerou na França, consequências estas que não repercutiram de imediato como costuma-se pensar.


A arte da guerra (孫子兵法)

Escrita por volta dos 
séculos V ou IV a.C pelo general do reino de WuSun Tzu, a Arte da Guerra se tornou o mais antigo tratado militar conhecido na História. O reino de Wu era um dos pequenos Estados que se encontravam no atual território da China, antes de ocorrer a fundação do império chinês no século III a.C. Sun Tzu se notabilizou no campo de batalha como grande general e exímio estrategista a ponto de que comandando cerca de 30 mil soldados do reino de Wu conseguiu vencer o seu inimigo, o reino de Shu que dispunha de dez vezes o contingente liderado por Sun Tzu. Ele nunca arriscou a enfrentar o inimigo em um ataque direto, mas, sabiamente soube atacar o ponto fraco de seus inimigos e no fim vencer-los. Basicamente no manual de A Arte da Guerra, Sun Tzu aborda temas como: discussão sobre os campos de batalha; como tratar seus subordinados; qual postura assumir diante de uma batalha; como utilizar o fogo de diferente maneiras; como atacar de surpresa os pontos fracos de seu inimigo; como explorar o campo de batalha e a fraqueza de seu inimigo; utilizar a espionagem para coletar dados; se valer de cautela e não apressar o ataque, etc. 

Estes e alguns outros ensinamentos são debatidos e explicados neste livro. No entanto por mais que se tenha passado mais de 2000 anos que tal obra fora escrita, ainda hoje as academias militares de todo o mundo utilizam os ensinamentos de Sun Tzu no campo de batalha. Não obstante, faculdades de Filosofia, Política, História, Publicidade, Comunicação, etc, se valem da filosofia empregada por Sun Tzu e de seus métodos de combate que são aplicados no mercado financeiro.

No entanto para mim o maior ensinamento que Sun Tzu deixa é que: a guerra só traz destruição. Mesmo o lado que saí vencendo ainda sofrerá com as consequências da guerra. Então ele diz que se você puder evitar uma guerra, a evitia. Por que a maior batalha não esta em se vencer no campo de batalha, mas, sim se evitando uma guerra.

Assassin's Creed

Baseado na série de videogames desenvolvida pela Ubisoft, o historiador e escritor, cujo pseudônimo é Oliver Bowden, escreve os livros baseados nas histórias dos jogos da série principal de Assassin's Creed. A trama dos jogos, logo, dos livros gira em torno do embate secular da Ordem dos Assassinos e da Ordem dos Templários, representados hoje principalmente pela Abstergo Industries. Segundo a série, os Templários e os Assassinos ao longo da História lutaram entre si para se apoderarem de místicos artefatos chamados de "Pedaços do Éden", artefatos criados por uma civilização antiga e desconhecida que contêm grandes poderes. Os Assassinos visam manter tais artefatos em segurança, por sua vez os Templários planejam utilizá-los em prol de sua ambiciosa causa. 

A história principal se divide em cinco jogos e livros até o presente, retratando através dos antepassados do bartender francês Desmond Miles, o qual graças a tecnologia Animus, desenvolvida pela Abstergo, ele pode reviver as memórias de seus antepassados, memórias estas preservadas em seu DNA. A ideia, da Abstergo quando sequestrara Desmond, era fazê-lo reviver as memórias de seus antepassados para descobrir a localização dos "Pedaços do Éden" escondidos pelos Assassinos, entretanto, Desmond acaba descobrindo a verdade por trás da Abstergo e passa a fugir desta e cooperar com membros atuais da Ordem dos Assassinos. Desmond até o momento possui quatro antepassados Assassinos: o árabe Altaïr que vivera na Idade Média, confrontado os Templários durante a Terceira Cruzada (1096-1099) e no século seguinte; o italiano renascentista Ezio Auditore que combatera o papa Alexandre VI (Rodrigo Bórgia), seus filhos e aliados na Itália, e depois os Bizantinos em Constantinopla; o inglês Haytham Kenway e seu filho mestiço ameríndio, Connor Kenway, onde ambos se confrontam no plano de fundo da história da Independência Americana. 

Os livros que formam a série:: 
  • Renascença (Renassence) - narra a história de Ezio
  • Irmandade (Brotherhood) - continuação da história de Ezio
  • A Cruzada Secreta (The Secret Crusade) - narra a história de Altaïr
  • Revelações (Revelations) - fim da história de Ezio
  • Renegado (Forsaken) - narra a história de Haytham e Connor
Asterix

Escrito por René Goscinny (1926-1977) e desenhado por Albert Uderzo, as histórias de um pequeno, astuto e valente gaulês no tempo do domínio romano de Júlio César, ganharam fãs por todo o mundo. Asterix, consiste numa história em quadrinhos de humor e sátira tendo sua primeira aparição em 1959, na revista francesa Pilote. A partir de 1961 em diante, a revista passou a contar com edições quase anuais. Atualmente ela já conta com 34 livros em português, com alguns álbuns baseados nos filmes e animações, tendo o último sido lançado em 2009 para celebrar seus 50 anos. Alguns dos livros não foram traduzidos para o português.

Essencialmente as aventuras de AsterixObelixIdeiafix (cachorro), Panoramix e o resto da tribo, focavam uma sátira a história gaulesa e a história romana, que ocorreu por volta do ano 50 a.C, época esta que praticamente toda a Gália estava conquistada por Roma, a não ser uma pequena aldeia de gualeses irredutiveis, nos quais possuiam uma força sobrehumana graças a poção mágica de seu druída. No entanto, com o desenvolver da série, eles passaram a satirizar outros povos, como os, godos, normandos, bretões, fenícios, egipcios etc. 
O humor de Asterix vai além de uma sátira ao contexto histórico da época, mas, percorrendo as eras que o sucedem até os dias atuais, fazendo alusões a problemas políticos, históricos e cotidianos da vida do século XX.

Sendo assim, a única coisa que faz estes gauleses tremerem de medo, não é a ameaça dos romanos já que como eles costumam dizer: "esses romanos são loucos!". O que eles mais temem é "que o céu caía sobre nossas cabeças".

Atlantis

Escrito por David Gibbins e lançado em 2006, tenta propor uma reavaliação do mito de Atlântida. Neste romance, o autor utilizando o contexto moderno, e a ciência como base tenta explicar que Atlântida na realidade não ficaria em algum lugar do Oceano Atlântico, como sugeria Platão em seu livro Crítias, mas, sim nas profundezas do Mar Negro. 

Cândido ou o Otimismo (Candide l'Optimisme)

Lançado em 1759 pelo ilustre filósofo e pensador francês Voltaire (1694-1778), consiste em sua maior sátira escrita. Neste romance de cunho filosófico, Voltaire procurou combater a ideia de otimismo de Gottfried Leibiniz (1646-1716) um importante matemático e filósofo alemão. Em seu trabalho ele não apenas combate a ideias de Leibiniz como elabora uma critica a sociedade e os costumes de sua época, a ponto de que em alguns momentos isso chega a beirar o preconceito. Em seu romance o infortunado, mas otimista Cândido (Candide), viajava pela Europa e pela América do Sul, atrás de riqueza, de sua amada, e de um vida tranquila e saudável, mas, sempre quando este se dá bem, algo de ruim acontece, porém Cândido nunca perde o otimismo de que as coisas irão melhorar. 

Casa Grande e Senzala

Um dos grandes livros de historiografia e sociologia do Brasil, escrito pelo célebre Gilberto Freyre (1900-1987) fora lançado em 1933, e perfaz uma nova análise a respeito da formação da cultura e da sociedade brasileira no período colonial. Nesta vasta obra, Freyre procurou defender uma maior participação da influência dos costumes indígenas e africanos na sociedade colonial brasileira. 

O Código Da Vinci (The Code Da Vinci)

Considerado o maior best-seller de Dan Brown, o Código Da Vinci, estampou nas páginas dos jornais dos anos de 2003 e 2004, com o polêmico tema abordado pelo autor em sua mais nova história sobre o simbologista Robert Langdon. Dessa vez, a trama tem como foco o Museu do Louvre, outras antigas e importantes igrejas de Paris, e localidades na Inglaterra. Neste livro, Langdon investiga um assassino misterioso que esta atrás de um antigo segredo guardado por uma ordem chamada de o Priorado de Sião, sociedade esta que teria contado com Leonardo Da Vinci tendo sido um de seus grãos-mestres, e este acabou em suas pinturas escondendo pistas a respeito da localização do santo graal.

No entanto a grande polêmica que Dan Brown aborda neste livro, é o fato de ele se valer da teoria na qual diz que Santa Maria Madalena teria sido esposa de Jesus Cristo, e que estes tiveram uma filha chamada Sara, e seus descendentes ainda estariam vivos nos dias atuais, e que na realidade o santo graal não seria um cálice, mas, sim Maria Madalena.

O Contrato Social (Du Contract Social) 

Escrito pelo filósofo iluminsta suíço Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) consiste como sendo sua grande obra sobre a política. Rousseau aborda o tema do Contrato Social , em contrapartida da visão do mesmo assunto para os filósofos ingleses John Locke e Thomas Hobbes. Tendo escrito tal trabalho em plena época do Iluminismo, dos movimentos pela república e pelo fim do Antigo Regime que cairia durante a Revolução Francesa. Rousseau aborda questões a respeito das caracteristicas que forma uma república, uma monarquia, uma tirania; fala sobre os direitos civis, sobre civilização, sobre cidadania, escravidão, servidão, liberdade, direitos do trabalho e no final de sua obra fala a cerca de um pouco da história romana, enfatizando o período da república. O Contrato Social, se tornou um dos livros de grande valia para a análise das ideias democráticas e republicanas surgidas no final do século XVIII que influenciaram e ainda influenciam as repúblicas de hoje.

Crime e Castigo (Преступле́ние и наказа́ние)

Um dos grandes clássicos do renomado escritor russo Fiódor Dostoiévski. Lançado em 1866, esta obra conta a história do sofrivel ex-estudante de Direito Rodion "Rodka" Românovitch Raskólhnikov, o qual vivia uma vida dificil na cidade de São Petersburgo, então capital da Rússia czarista. Rodion perdeu o pai ainda na infância, e tinha apenas a mãe e a irmã como parentes mais próximos. No entanto em sua luta para sobreviver a cada dia na cidade grande, ele se ve num dilema que põe em questão o seu ser. Rodion cansado de viver esta vida difícil decide cometer um crime, ele planeja matar uma velha viúva agiota e lhe roubar seus pertences. Rodion realiza o crime de forma que para ele seria perfeita, sem pistas algumas ou testemunhas. No entanto o crime não sai como planejado, e isso acaba atormentado ele pelo resto da história. Ao longo do livro o ex-estudante se vê atormentado por sua culpa, e ao mesmo tempo a trama toma um ar de mistério, a partir de que uma suposta testemunha aparece para Rodion.

Parte drama, parte suspense, Crime e Castigo põe em debate a indole humana, como uma pessoa boa pode se tornar um assassino pelo o que ele diz ser uma boa causa. Neste volumoso livro, Dostóiévski mais uma vez exprime sua criatividade e competência como escritor, ao retratar de forma profunda e detalhada o comportamento de suas personagens. No fim o autor põe em questão o ditado que diz que "os fins justificam os meios".

As Crônicas de Gelo e Fogo (The Song of Ice and Fire)

Publicado em 1996 pelo escritor, roteirista e produtor estadunidense George R. R. Martin, o primeiro livro, A Guerra dos Tronos fora bem recebido pelo público e pela crítica. Até o ano de 2000, George lançou mais duas continuações, depois disso passou cinco anos para lançar o quarto volume e continuar com a série a qual segundo ele, se encerrará no sétimo livro. Atualmente o quinto livro está a venda, e o sexto está previsto para ser lançado no final do ano de 2013.

A série se passa nos continentes fictícios de Westeros Essos em um período medieval, embora existam povos que vivam em tribos e mantenham hábitos seminômades e rústicos. A trama gira em torno do Trono de Ferro, nome dado ao trono onde se senta o rei dos chamados Sete Reinos de Westeros, antigos reinos que foram conquistados pelo rei Aegon Targaryen. Quanto a Essos, esse possui várias cidades e reinos, cada um possuindo seu governante. 

Nesse caso, no desenvolver da história, uma guerra se instaurou por toda Westeros pela disputa do Trono de Ferro, envolvendo diretamente e indiretamente várias pessoas, tanto dos Sete Reinos como de outras terras que compõem o continente de Westeros e de Essos. 

Sendo assim, a série foca a visão das personagens a respeito dos fatos que se sucedem, tendo como principais personagens, membros da Casa Stark, da Casa Lannister, da Casa Tully e da Casa Targaryen, além de várias outras personagens humanas e não-humanas. 
  • A Guerra dos Tronos (Game of Thrones)
  • A Fúria dos Reis (Clash of Kings)
  • A Tormenta de Espadas (A Storm of Swords)
  • O Festim dos Corvos (A Feast for Crows)
  • A Dança dos Dragões (A Dance with Dragons)
  • The Winds of Winter (ainda não publicado)
  • A Dream of Spring (ainda não publicado)
As Crônicas de Nárnia (The Chronicles of Narnia)

As Crônicas de Nárnia foram escritas entre os anos de 1949 a 1954 pelo escritor irlandês C. S. Lewis (1898-1963). As crônicas divididas em sete histórias narram as aventuras de crianças inglesas no fantástico mundo de Nárnia. Cada história foca suas personanges principais, como os irmãos Pevensie, Pedro, Edmundo, Susana e Lúcia, o primo destes, Eustáquio Misero, sua amiga Jill, e as crianças Digory e Polly, os quais foram os primeiros a visitarem Nárnia na época de sua criação. Na crônica, O Cavalo e seu Menino, as personagens principais são o jovem garoto Shasta e a princesa Aravis, os quais são guiados pelo cavalo falante Bri e a égua falante Huin, nessa história as crianças inglesas não são as protagonistas.

Nas sete crônicas as crianças viajam pelo reino mágico de Nárnia, ArquelândiaCalormânia, as terras agrestes do Norte e as ilhas do Oriente, etc. Onde se deparam com animais falantes, anões, faunos, gigantes, centauros, feiticeiras etc. Ao longo das histórias, as crianças e os de mais personagens são instruidos pelo Grande Leão Aslam.

Originalmente Lewis não pretendia escrever uma série, mas após o sucesso de seu primeiro livro ele decidiu escrever uma série de sete crônicas, assim a seguir estão indicados em ordem cronológica dos fatos as crônicas:
  • O Sobrinho do Mago (1955)
  • O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa (1950)
  • O Cavalo e seu Menino (1954)
  • O Príncipe Caspian (1951)
  • A Viagem do Peregrino da Alvorada (1952)
  • A Cadeira de Prata (1953)
  • A Última Batalha (1956)
Discurso do Método (Discours de la Méthode)

Considerado o grande trabalho filosófico do renomado filósofo e matemático francês René Descartes (1596-1650) consiste em uma obra na qual Descartes descreve sua visão de um método cientifico para se estudar as ciências. Descartes tendo pertencido a corrente do Racionalismo, via na razão um caminho para a interação entre a ciência e a religião, mas também uma forma de progredir no mundo. Nesta obra ele fala sobre medicina, filosofia, ciência, religião, ética, politica e moral. Debatendo a cerca destes temas, e propondo seu método.

A Divina Comédia (Divina Commedia)

Escrita pelo grande poeta italiano Dante Alighieri (1265-1321) entre os anos de 1307-1321, consiste em seu maior e mais famoso trabalho. A Divina Comédia, narra a fantasiosa viagem de Dante pelo Inferno, pelo Purgatório e pelo Paraíso. Nesta fabulosa aventura ele se depara com personagens históricos, mitológicos e bíblicos. Dante em sua obra conseguiu magistrosamente mesclar mitologia grega, com a visão católica, com fatos históricos, e por fim realizar uma critica ferrenha aos costumes de sua época, criticando os pecados cometidos pelas sociedades que conheceu. Após mais de 600 anos, a Divina Comédia ainda continua a ser debatida, ser objeto de estudo, e um dos grandes clássicos da História da Literatura.

Drácula

Escrito pelo irlandês Bram Stoker (1847-1912) introduziu na literatura um dos maiores clássicos de terror da História. A história do famoso "Príncipe das Trevas" conhecido como Conde Drácula da Transilvânia. Drácula ajudou a eternizar o mito do vampiro na cultura literária e popular do séculos XX e XXI, Na obra lançada em 1897, narra a história atráves de cartas que foram guardadas a respeito dos acontecimentos que envolveram Jonathan Harker, sua esposa e seus amigos, em uma empreitada contra o temível vampiro. Desde o remoto e sombrio castelo na Transilvânia até as movimentadas ruas da Londres da Era Vitoriana.


E a Bíblia tinha razão (Und die Bibel hat doch recht)

Publicado em 1955 pelo respeitado arqueólogo alemão Werner Keller (1909-1980), homem que dedicou grande parte da vida a estudar e comprovar os fatos históricos contados na Biblia. Nesta obra, Keller explorará desde a viagem de Abraão para a Canaã até a destruição de Jerusalém pelos romanos, quase dois mil anos depois. Algumas famosas personagens biblicas e acontecimentos, serão vistos e verificados pelo olhar da arqueologia e da história, baseados nas escavações arqueólogicas, e em relatos históricos extra biblicos, textos de origem egipcia, assíria, babilônia, fenícia, judeia, romana etc. Keller procurou não apenas ficar retido a Palestina, mas procurou englobar todas as regiões que se destacaram nas histórias biblicas citadas neste livro.

Édipo Rei (OΙΔΙΠΟΥΣ ΤΥΡΑΝΝΟΣ)

Consiste na mais famosa trágedia escrita por volta de 427 a.C por um dos grandes dramaturgos da Grécia Antiga, Sófocles (495-405 a.C). Nessa peça, Sófocles, conta a história de Édipo um homem amaldiçoado pelo deuses que lhe deram um terrível destino. Fora determinado pelo destino, que Édipo mataria seu pai, o rei Laio de Tebas, e se casaria com sua mãe, a rainha Jocasta, tendo filhos com esta. Em meio a este fardo cruel, Édipo faz de tudo para evitar temivel destino, mas no fim ele descobre que não se pode fugir do próprio destino, seja ele bom ou mal. Pobre Édipo, cegado pela verdade.


Édipo Rei compõem a chamada Trilogia Tebana de Sófocles, composta pelas peças de Édipo Rei, Édipo em Colono e Antígona.

Elogio da Loucura (Stultitiae Laus)

Publicado em 1511 pelo filósofo e teólogo holandês Erasmo de Roterdã (1466-1536), consiste em sua mais conhecida obra na qual Erasmo a concebeu em 1509, enquanto passava uma estadia na casa de seu grande amigo, São Tomás Morus. Erasmo concebe seu trabalho filosófico e teológico como uma sátira a sociedade e uma critica a doutrina da Igreja Católica. De fato ele próprio fora padre. Mesmo assim, questionava muitos dos dogmas impostos pela Igreja.

Nesta obra, o autor se passa como sendo a personificação da própria Loucura, na qual ele se vale da deusa grega da loucura, Moria. Ao longo do discurso, Erasmo escreve como sendo a Loucura, a qual procura defender seus atos sobre a humanidade, justificando de diferentes formas sua atuação sobre os homens. A ponto de dizer que a loucura seria algo essencial para os homens.

A Eneida (Aenis)

Escrita pelo celebrado poeta romano Públio Virgílio Marão (70 a.C - 19 a.C) a Eneida consiste numa continuação da história da Ilíada, composta originalmente por Homero, séculos antes. Neste caso, a ideia de Virgílio fora focar as aventuras e desventuras dos troianos sobreviventes ao cerco de Troia, os quais passaram a serem guiados por Eneias o qual fora avisado pelos deuses que ele deveria encontrar uma nova terra para restabelecer o povo troiano e criar uma espécie de "nova Troia", e tal local predestinado era a Itália, pois os romanos antigos, diziam ser descendentes de Eneias e os troianos sobreviventes, os próprios Rômulo e Remo, seriam descendentes diretos do nobre herói troiano. O longo poema fora escrito ao longo de dez anos, sendo dedicado a pessoa do imperador César Augusto, diz-se que Virgílio teria sido influenciado pelo imperador a escrever a Eneias, a fim de que cria-se um "mito fundador" para Roma. Todavia, Eneias acabou falecendo antes de concluir seu maior poema, o deixando inacabado com seus doze capítulos. Mesmo assim, A Eneida se tornara no gênero da poesia épica um dos livros mais importantes e referenciados na literatura ocidental por vários séculos.

Ensaio acerca do entedimento humano (An Essay Concerning Human Understading)

Publicado em 1690 pelo filósofo, médico e teórico político inglês John Locke (1632-1704), consiste em seu principal trabalho acerca da sua filosofia de pensamento, o empirismo. Nessa obra, Locke procura defender o empirismo, além de justificá-lo, como também de atacar os racionalistas, apontando falhas na concepção de que o conhecimento seria inato. Locke dividi o livro em quatro partes:
  • Nem os princípios e nem as ideias são inatas
  • As ideias
  • Palavras
  • Conhecimento e opinião
Nas duas primeiras partes ele se pôe a falar sobre o empirismo, explicando como este se desenvolve e ao mesmo tempo critica os racionalistas. Ele também faz uma longa explanação sobre a concepção das ideias sobre tamanho, cor, distância, forma, abstração etc. Na terceira parte, ele debate sobre a filosofia da linguagem, explicando a utilização das palavras para se referir a determinadas ideias e conceitos, e por fim na última parte, ele diz respeito a questão do conhecimento humano, apontando como o homem interpreta o conhecimento, como este conhecimento se dividi e pode ser classificado, além disso ele também fala rapidamente sobre o conceito de razão e de erro.


A Epopeia de Gilgamesh

Consiste na mais antiga obra literária conhecida na História. Escrita possivelmente pela primeira vez no século XXIV a.C, tendo se originado muito tempo antes, entre a tradição oral. Esta obra consiste num conjunto de poemas de origem suméria que posteriormente foram compilados para outros idiomas por diferentes povos do Oriente Médio.

Na epopeia são narradas as histórias do lendário rei de Uruk, Gilgamesh. Um ser 2/3 deus e um 1/3 humano, no qual de um rei tirano, se torna um grande herói para o seu povo. Outros dois aspectos que marcam o épico, são a busca pela imortalidade empregada por Gilgamesh, e a narrativa da versão sumeriana do Dilúvio.

A Era das Revoluções: 1789-1848 (The age of revolution: 1789-1848)

Perfaz a primeira obra da série das "eras" do historiador britânico Eric J. Hobsbawm, um dos maiores historiadores ainda vivos da atualidade. Neste seu livro, Hobsbawm procura avaliar os processos que levaram a Revolução Francesa em 1789, a Revolução Industrial até o período das Revoluções de 1848 e suas consequências. Hobsbawm não se prende apenas a relatar tais revoluções, mas tabém as consequências e mudanças que tais acontecimentos causaram no mundo. Como fora o governo revolucionário francês de 1789 a 1799, a ascensão de Napoleão como imperador, as consequências das Guerras Napoleônicas, o desenvolvimento industrial, o capitalismo, a ascensão da burguesia, o liberalismo econômico e politico, a indepêndencia das colônias americanas, as transformações urbanas, politicas, econômicas, artisticas, culturais, educacionais e sociais. Tudo isto e mais no contexto que abrange não apenas a Europa, mas parte das Américas, da África e da Ásia.

Eram os deuses astronautas? (Erinnerungen an die Zukunft)

Escrito em 1968 pelo autor suiço Erich von Däniken, e lançado originalmente em lingua alemã, se tornou pouco tempo depois um best-seller, sendo traduzido para várias linguas. Em sua obra, Däniken aborda a teoria dos antigos astronautas, na qual sugere que no passado da humanidade, seres extraterrestres haviam não somente visitado a Terra, mas, se comunicado com os homens, ele transmitido seu conhecimento. Nesta obra e entre outras do autor, é comum se referir que possivelmente os "deuses" da antiguidade na realidade fossem "extraterrestres". Sendo assim, neste livro, Däniken proproe várias perguntas a cerca de temas que ainda mexem com o imaginário das pessoas: como foram construídas as pirâmides do Egito e da Mesoamérica? Para que propósito foram feitas as Linhas de Nazca no Peru? Como foram feitas as estátuas da Ilha de Páscoa? Como e porque fora construído Stonehenge? E uma outra gama de perguntas que envolvem este misterioso mundo.

Formação do Brasil Contemporâneo

Publicado em 1942, escrito pelo historiador Caio Prado Jr (1907-1990). Se notabilizou como um livro de história econômica e politica, a respeito de como fora o desenvolvimento econômico e em parte político durante os três séculos que compõem a história colonial do Brasil. Formação do Brasil Contemporâneo é considerado como um dos clássicos livros sobre o estudo econômico da história brasileira.

Frankenstein ou o Prometeu Moderno (Frankenstein: or the Modern Prometheus)

Escrito entre 1816 e 1817, mas publicado em 1818, por Mary Shelley (1797-1851) quando tinha apenas 19 anos. Mary na época era esposa do poeta Percy B. Shelley e nesse período os dois estavam hospedados na casa do famoso Lorde Bryon na Suíça. Lá eles participaram de um concurso promovido na casa de Bryon, para escrever histórias de terror, então Mary acabou sendo a vencedora com sua primeira obra, Frankenstein. A história se passa no século XVIII e conta a história de Victor Frankenstein, homem de uma adorável e próspera família de Genebra, que na adolescência se interessou por alquimia, e quando se encontrava na universidade, passou a estudar mais afundo a alquimia, filosofia natural e outras ciências. Victor acabou ficando obcecado com a ideia de poder criar vida, então dois anos depois ele acabou criando um monstro em seu laboratório na universidade. Apavorado com a criatura, ele acabou fugindo, e por dois anos ficou sem notícias da mesma, até que seu grande amigo e primo Henry Clerval fora visitá-lo na universidade dizendo que seu irmão mais novo havia sido assassinado. Victor retorna com Clerval para Genebra e nesse ponto ele começa a viver o horror de sua história, o monstro reaparece e decide se vingar de seu criador. No restante da história Victor será confrontado pelo monstro que o acusa de ter sido negligente e covarde, e ao mesmo tempo, Victor tenta fugir da ira vingativa da sua criatura, o qual passa a atacar sua família e amigos.

O Germinal (Germinal)

Publicado em 1885 pelo escritor francês Émile Zola ( consiste no décimo terceiro livro da série Rougon-Macquart, sendo que de toda a série, o Germinal é a obra mais famosa e conhecida. O livro enfoca uma temática real, abordando a exploração do trabalho, a luta pelos direitos trabalhistas, marxismo, comunismo, anarquismo, capitalismo, socialismo, em suma, o Germinal é considerado um dos maiores romances naturalistas da história. Zola passou alguns meses convivendo entre mineradores, a fim de retratar em sua obra de ficção a realidade destes trabalhadores em um dos oficios mais degradantes do mundo.

No Germinal a história se passa na França por volta dos anos de 1860 e 1870 na vila de mineradores que trabalham nas minas da Companhia Voreux. A história também tem como cenários outras vilas e minas nas redondezas. A personagem principal é Etienne Lantier um operador de máquinas que chega na Voreux atrás de emprego. Etienne acaba se tornando um amigo da Família Maheu, os quais possuem um papel importantíssimo na trama. Em si, no romance, Etienne tenta melhorar as condições de trabalho dos mineradores e chega a promover uma greve geral para isso. 

A descrição do interior das minas e das condições de trabalho e vida dos operários são tão realistas que o leitor terá uma percepção real da vida daquelas pessoas naquela época. 

Hamlet

Considerado como uma das maiores tragédias escritas por William Shakespeare (1564-1616) de todos os tempos, narra as desventuras e as dúvidas do aflito principe dinarmaquês Hamlet. No qual na famosa frase que perpetuou seu nome na história ele se pergunta: "Ser ou não ser, eis a questão?". Neste clássico drama, Hamlet descobre que seu pai fora assassinado pelo seu próprio tio, sendo assim ele fica em uma dúvida pertinente se vingar do tio ou não. E além disso, existe a frustração do amor que ele sente por Ofélia.



Harry Potter

Tendo sido lançado o primeiro livro em 1997, hoje Harry Potter, criado pela escritora britânica J. K. Rowling, é um dos maiores bestseller da atualidade. Composto de sete livros, os quais narram a vida de Harry Potter e as personagens de seu universo na Inglaterra do final do século XX, dividida entre o mundo dos bruxos, o qual os bruxos tentam esconder-lo das pessoas comuns, chamadas de trouxas. A história foca principalmente a vida de Harry, Rony e Hermione como estudantes da famosa Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

Harry Potter, traz uma temática envolta não apenas em magia, mas, em mitos, lendas e antigas histórias, que se encontram em um contexto contemporâneo.
  • Harry Potter e a Pedra Filosofal
  • Harry Potter e a Câmara Secreta
  • Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban
  • Harry Potter e o Cálice de Fogo
  • Harry Potter e a Ordem da Fênix
  • Harry Potter e o Enigma do Príncipe
  • Harry Potter e as Relíquias da Morte
O Hobbit ou Lá e de volta outra Vez (The Hobbit or There and Back Again)

Lançado em 1937 pelo escritor J. R. R. Tolkien, o Hobbit trata da aventura do hobbit Bilbo Bolseiro em uma jornada cheia de perigos para resgatar um antigo tesouro guardado na Montanha Solitária pelo dragão Smaug, o Magnífico. Nesta jornada, Bilbo é convencido pelo mago Gandalf, o Cinzento a se unir a ele e a mais 13 anões, Balin, Dwalin, Oin, Gloin, Dori, Nori, Ori, Fili, Kili, Bifur, Bofur, Bombur e o seu líder, Thorin Escudo de Carvalho. Parte do tesouro roubado por Smaug pertencia a família de Thorin, sendo que seu pai e avô foram reis dos anões, assim Thorin e os demais decidem resgatar o que é seu por direito. Durante a jornada até o covil de Smaug, no caminho após vários perigos, Bilbo conhece uma estranha criatura chamada Gollum, o qual possuía um precioso tesouro, o Um Anel. O Um Anel, desencadearia a Saga do Anel em o Senhor dos Anéis, quando as forças de Sauron, o Senhor das Trevas, descobre que um hobbit estava de posse de seu precioso anel.

A Ilíada (Ἰλιάς)

Consagrado com sendo um poema do famoso poeta grego Homero (VIII a.C?) narra a história do último ano da famosa Guerra de Tróia. Guerra esta que teria durado longos dez anos, travada entre as cidades-estados gregas contra Tróia e seus aliados. Em sua obra Homero imortalizou na História grandes figuras como: Aquiles, Agamêmnon, Menelau, Helena, Páris, Heitor e Príamo. Personagens que ajudaram a transformar a visão da mitologia grega.


Os irmãos Karamázovi (Братья Карамазовы)

Escrito em 1879 pelo renomado escritor russo Fiódor M. Dostoiévski (1821-1881) consiste em seu último trabalho em vida. Narra um dos romances mais realistas já escritos na História. A história foca a vida da família Karamázovi, uma família arruinada pela desavença do pai Fiódor Pavlovicht com seus três filhos: Dimitri, Ivã e Aliéksiei. Na história, os três irmãos possuem personalidades bem distintas; Dimitri serviu no exército e teve sua carreria arruinada por sua indisciplina; Ivã era o mais culto dos irmãos e pretendia se tornar dono de um jornal, porém pelo fato de ser ateu ele criticava a devoção russa a Igreja Ortodoxa. Quanto a Aliéksiei chamado pelo apelido de Aliocha, era um jovem monge em conflito com seus dogmas. Em meio as essas desanvenças, a história se desenrola sobre o mistério da morte de Pavlovicht, o qual fora morto por um de seus filhos.

Além disso, a obra de Dostoiévski também descreve a cultura, a sociedade e a visão conservadora russa do século XIX. O autor também chega a levantar algumas criticas a doutrina ortodoxa.

Júlio César (Julius Caesar)

Outra das grandes tragédias de Shakespeare, mas, agora envolvendo uma personagem real. Júlio César fora a primeira tragédia histórica a ser escrita por Shakespeare. Ele a lançou em 1599. Neste livro ficcional, o autor aborda o tema do assassinato de Júlio César que ocorreu em 15 de março de 44 a.C. No entanto ele formula todo um dialógo entre personanges históricas como: Marco Antônio, Cássio, Bruto e Cícero, a respeito deste importante acontecimento para a história da República Romana.

Novamente Shakespeare soube imortalizar na literatura uma outra clássica frase: "Até tu, Brutus?".


Leviatã (Leviathan)

Lançado em 1651 durante o exílio do filófoso, matemático, tradutor e teórico politico inglês, Thomas Hobbes (1588-1671), perfaz sua obra mais famosa e importante. O titulo completo é o Leviatã ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico civil. Hobbes ficou conhecido na teoria política por defender a concepção de um Estado absolutista, no qual os homens deveriam firmar um contrato de submissão com um soberano. Na sua concepção, o homem no seu estado natural seria um ser selvagem, bruto e ignorante, era necessário os homens passarem a conviver em sociedade a fim de se educar, a respeitar o próximo, a criar leis, e a se tornarem civilizados. Todavia Hobbes em sua obra por mais que exalte seu absolutismo, como determinadas moderações, ele também fala sobre os problemas enfrentados por este tipo de governo, os prôs e os contras, de uma monarquia, democracia e aristocracia. Contudo sua obra não se limita a falar apenas de poltica, ela vai bem mais além. O Leviatã é dividido em quatro partes:
  • Do Homem
  • Do Estado
  • Do Estado Cristão
  • Do Reino das Trevas
Em cada uma destas partes Hobbes aborda um assunto especifico, mas que ao mesmo tempo tem ligação com as demais partes. Na primeira parte, ele aborda sobre a natureza humana, a filosofia humanista, religião, conhecimento, sociedade, linguagem, os sentimentos etc, além de ilucidar sua visão empirica baseada em Francis Bacon, e criticar o racionalismo cartesiano de René Descartes. Na segunda parte, ele foca em si sua explanação sobre o Estado absolutista. Na terceira e quarte parte, seu foco recaí sobre o estudo biblico, no qual ele dedica metade do livro a falar sobre a concepção de um Estado cristão, sobre teologia, sobre o Antigo e o Novo Testamento, sobre as escrituras, o poder eclesiástico, a formação da autoridade da Igreja, o pacto de Deus com os homens, a demonologia dos gentios, o paganismo greco-romano etc.


O Livro das Maravilhas: a descrição do mundo

Publicado no inicio do século XIV, tal livro consistiu nos relatos vividos e ouvidos por Marco Polo (1254-1324) ao longo de 26 anos que ele viveu com seu pai Nicolau e seu tio Maffeo viajando e trabalhando pela Ásia ao encargo do imperador mongol Kublai Khan. Tal livro fora escrito por Rusticiano de Pisa, escritor que se encontrava na mesma prisão em que Marco estavam em 1295. Marco narrou suas aventuras a Rusticiano o qual compôs essa icônica obra. De inicio muitos consideram a obra de Marco como sendo de ficção e até mesmo o chamaram de mentiroso, mas hoje após quase setecentos anos, o livro de Marco embora fale de lendas e monstros e considerado uma das mais importantes obras acerca do relato de vários locais e povos asiáticos, já que Marco deixou importantes descrições dos costumes, histórias e da geografia asiática. 

Os Lusíadas

Escrito pelo poeta português Luís Vaz de Camões (1525?-1580), sendo publicada pela primeira vez em 1572, é considerada a maior obra poética da literatura da língua portuguesa. Os Lusíadas, se divide em dez cantos decassílabos de oito versos, os quais narram uma epopeia que mistura fatos, personagens e locais reais e mitológicos.

Camões viveu alguns anos servindo como soldado no Marrocos e depois viveu cerca de 15 anos na Ásia. Ao longo deste tempo compôs os Lusíadas, tal fato fica claro em suas várias referências geográficas e a nome de locais, cidades e povos de África e Ásia. Não obstante, ele também faz grande utilização da mitologia greco-romana, onde comumente os deuses romanos e outras divindades fazem parte das histórias narradas. 

Essencialmente, cada canto é quase único, e estes não perfazem uma continuação um do outro. Em alguns cantos, ele exalta os reis e nobres de Portugal, tendo Vasco da Gama como grande figura heroica; em outros, ele faz menções a acontecimentos de mitos gregos; de eventos históricos da Antiguidade Clássica, fazendo menção a personagens como Júlio César, Alexandre, o Grande, Aníbal, Átila, etc. Ele também fala muito dos confrontos contra os mouros; das batalhas pelo territórios em África e Ásia.


O médico e o monstro (The Strange Case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde)Escrito por Robert Louis Stevenson (1850-1894) é considerado um de seus grandes trabalhos. A história na qual se passa na Inglaterra do século XIX, envolve o misterioso caso do sumiço do renomado médico Dr. Henry Jekyll e de sua personalidade malévola, Mr. Edward Hyde. O livro é narrado por um dos amigos do Dr. Jekyll e posteriormente o próprio quando revela todo o mistério a cerca de seus desparecimentos e a verdadeira identidade de Mr. Hyde.

O médico e o monstro se tornou outro clássico livro de terror, no qual trouxe a questão da mente humana e de seu comportamento como tema a ser tratado. Nesta história, Stevenson procura abordar o subconsciente, com seus medos, frustrações e desejos proibidos.

Mensagem

Mensagem consiste numa coletânea de poemas escritos pelo célebre escritor português Fernando Pessoa (1888-1935). A obra fora publicada em 1934, reunindo poemas escritos entre 1913 e 1934, tendo como foco a exaltação e o ufanismo de Portugal e seu povo. Pessoa tinha o sonho de se igualar ou se tornar mais famoso que Luís Vaz de Camões (1524?-1580) autor do célebre Os Lusíadas, o qual também exalta a história de Portugal e seu povo. 

Em Mensagem a obra se divide em três partes, e tem como referência tal exaltação, remetendo-se a vários reis e nobres de Portugal do período das Grandes Navegações (XV-XVII). Embora seja um livro curto e de poesias breves, seus poemas as vezes são complexos e de difícil compreensão, devido as alusões e metáforas utilizadas para se referir a pessoas e acontecimentos históricos e até mitológicos. Embora Fernando Pessoa não tenha superado Camões, acabou se tornando um dos maiores poetas de todos os tempos. 

Nova Atlântida (New Atlantis)

Trata-se de uma obra ficcional inacabada escrita por Francis Bacon. A Nova Atlântida, consistia numa visão politica de Bacon sobre um Estado utópico. Estado este localizado na ilha de Bensalém, a qual ficaria localizada em algum lugar no oceano Pacífico. Esta sua obra como filósofo e escritor, fora influenciada pelos livros do Timeu e Critias de Platão, os quais falam sobre Atlântida, e o livro Utopia de Tomás Morus. Para alguns historiadores, a Nova Atlântida perfaz uma oposição a Utopia de Morus. Enquanto a ilha de Utopia seria regida por uma república ideal, a ilha de Bensalém era um reino ideal, profundamente cristão, e voltado as ciências, fato este contado pelo autor quando ele se refere a principal instituição da ilha, chamada de Casa de Salomão. Por mas, que ele não tenha terminado sua obra, a ideia de uma utopia para Bacon, seria uma sociedade, governada por um rei culto e benevolente, um estado cristão, e fortemente dedicado ao estudo das ciências. A Nova Atlântida fora publicada dois anos após sua morte, em 1628 junto com o livro Sylva Sylvarum.



O Nome da Rosa (ll nome della rosa)

Lançado em 1980, deu fama ao seu autor Umberto Eco. O Nome da Rosa se passa em uma abadia durante a Idade Média. Nessa abadia, começa a ocorrer uma série de assassinatos, então o abade chama o frade William de Baskerville e seu ajudante o noviço Adso de Melk. Juntos eles tentam desvendar que é o responsável por estes crimes e porque ele esta fazendo isso. Além do romance policial, o Nome da Rosa, contribiu com alguns aspectos sobre a vida dos monges e sobre a atuação da Inquisição nessa época.

Novum Organum

Escrito em 1620 pelo filósofo, cientista, historiador, politico , escritor e alquimista inglês Francis Bacon (1561-1626) consiste em uma de suas mais importantes obras no campo da filosofia e da ciência moderna. Neste livro, Bacon discute acerca da compreensão da ciência para os antigos e para os modernos, como fora este desenvolvimento, além de fato de expor sua metodologia empírica, como forma de agir nos estudos cientificos e compreender a formação do saber humano mediante a indução deste. O Novum Organum é considerado uma obra essencial para se entender o desenvolvimento do método empírico na ciência moderna, e a construção do empirismo na modernidade. 

A Odisseia (Οδύσσεια)

Sendo o segundo grande poema de Homero, a Odisseia segue o desfecho da Guerra de Tróia e narra as aventuras do herói Odisseu (Ulisses), o elaborador do Cavalo de Tróia, e de sua tripulação na tentativa de retornar para sua casa na ilha de Ítaca. Odisseu e seus homens passaram três anos perdidos no mar, e posteriormente Odisseu passa sete anos preso na ilha da ninfa Calipso. Totalizando dez anos fora de casa.

Odisseia ficou consagrada por focar não apenas as aventuras por terras desconhecidas para os antigos gregos, como também de apresentar monstros, e outros seres mitólogicos e de mostrar como o sagaz Odisseu, epíteto dado a este. Conseguiu se livrar dos obstáculos que se encontravam pelo seu caminho.

A Origem das Espécies (On the Origin of Species)

A Origem das Espécies por meio da Seleção Natural, ou, a preservação das raças favorecidas na luta pela vida, fora a mais brilhante obra do naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882) publicada em 1859 fora na época chamada de "o livro que abalou o mundo". Darwin não fora o primeiro a falar a respeito da teoria da evolução, contudo a teoria da seleção natural desenvolvida por este e bem parecida com a de Albert Wallace (1823-1913), mostrou ao mundo cientifico uma nova opinião para dúvidas que acometiam os estudiosos a mais de um século e meio. Em sua obra, Darwin trata não apenas dos conceitos da seleção natural, mas também sobre questões de hibridismo, seleção sexual, leis da variação, leis naturais, migração, domesticação, expansão geográfica, geologia, botânica, etc.

O Príncipe (ll Principe)

Publicado somente após a morte de seu autor, o historiador, filósofo, diplomata e artista Nicolau Maquiavel (1469-1527) esboça uma visão da politica da Itália do século XVI. Nessa obra Maquiavel escreve acerca não apenas sobre a politica empregada pelas cidades-Estados italianas, mas, também propõe sua própria visão sobre o assunto e sua critica a respeito. O Príncipe é considerado a grande obra de Maquiavel, a ponto de que ainda hoje ele ainda é estudado.

O Senhor dos Anéis (The Lord of the Rings)

Compondo o final do universo da Terra-média, o Senhor dos Anéis fora escrito pelo professor e filólogo britânico J. R. R. Tolkien, publicado entre 1954 e 1955. Tolkien passou doze anos concluir sua maior e mais famosa obra, tal monumental obra conta com mais de 1000 páginas em muitas das versões que fora traduzida, devido a este fato em muitas vezes é comum comprar a obra dividida em três volumes:
  • A Sociedade do Anel
  • As Duas Torres
  • O Retorno do Rei
O Senhor dos Anéis compõem o final da saga criada por Tolkien que se inicia pela cronologia do Silmarillion, sendo seguido pelo o Hobbit. Na história, que ocorre no fantástico mundo da Terra-média, local habitado por hobbits, anões, elfos, orcs, humanos e outras criaturas, a narrativa foca o enredo em duas frentes. Inicialmente a união dos quatro hobbits, Frodo Bolseiro, Samwise Gamgee (Sam), Meriadoc Brandybuck (Merry) e Peregrin Tuk (Pippin), os quais partem para dá fim ao o Um Anel, que só poderia ser destruído no fogo da Montanha da Perdição em Mordor, terra de Sauron, o criador do anel. Com o fim da Sociedade do Anel, a história passa a ser observada pela narração da jornada de Frodo e Sam, guiados por Gollum (Smeagol), e a jornada de Aragorn, Legolas, Gimli, Gandalf, Merry e Pippin, os quais todos procuram evitar que o poder do senhor de Mordor, Sauron retornasse se ele conseguisse o Um Anel.

O Símbolo Perdido (The Lost Symbol)

Nessa terceira aventura do simbologista Robert Langdon, Dan Brown leva os leitores agora para a capital dos Estados Unidos, Washington D.C. Aqui, Langdon irá desbravar os mistérios que cercam a capital americana, construída pelos pais fundadores da América, os quais eram membros da maçonaria.

O Vermelho e o Negro (Le Rouge et le Noir)

Considerado por uns como sendo a obraprima do escritor francês Henri-Marie Beyle (1783-1842) conhecido pelo apelido de Stendhal, escreveu um dos primeiros romances realistas do século XIX, no qual baseado em fatos reais, sobre alguns incidentes que ocorreram entre respeitadas famílias da França, na época após a morte do imperador Napoleão Bonaparte. A história narra a tentativa de um filho de carpinteiro, Julien de Sorel em subir na vida, e suas eternas paixões pela Senhora de Rênal e Mathilde de La Mole. História marcada desejos proibidos, brigas, desavenças e tragédias.

Raízes do Brasil

Escrito pelo historiador Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982) pai do cantor e compositor Chico Buarque de Holanda. É considerado uma das grandes obras da historiografia brasileira. Nesta obra lançada em 1936, Sérgio, procura elaborar uma análise sobre o desenvolvimento da sociedade brasileira ao longo da colônia, do império e da velha república.

Ramayana (रामायण)

É um dos poemas épicos mais importantes para os hindus, logo ao lado do Mahabarata. Este poema é atribuido ao poeta lendário Valmaki. Nesse vasto poema é narrada a história da origem do deus Sri Rama, e sua vida, seu casamento, seu exílio para a meditação e a caridade e por fim sua aventura para resgatar sua esposa Sita que fora raptada pelo demônio Ravana. Em sua jornada pela Índia, Rama conta com a ajuda de seus irmãos principalmente de Lanka, e com a ajuda de seu fiel servo, o deus-macaco Hanuman.

Saber Envelhecer


Escrito pelo renomado romano Marco Túlio Cícero (106-44 a.C), politico, escritor, advogado, orador e filósofo, Cícero deixou uma vasta literatura, abordando especialmente questões de cunho filosófico, social, politico, retórico e judicial, abordados em dezenas de tratados e centenas de cartas. Nessa obra, Saber Envelhecer, Cícero de forma, conservadora, retórica, apaixonante e filosófica fala acerca de que a velhice não é tão ruim assim como costuma-se imaginar, que deve-se saber como envelhecer para se desfrutar de uma boa velhice, não obstante, o autor também fala que em cada etapa da vida, há virtudes que devem ser aproveitadas e momentos que podem ser disfrutados. Como forma de se referir aos qualidades e deficiências de ser velho, Cícero ao longo deste ensaio menciona várias personalidades da história romana, como personagens mais conhecidas na história em si, ele cita que homens ilustres mesmo na velhice nunca deixaram de trabalhar, de estudar, de viver, por que eram velhos, dentre estes nomes ele cita: Cipião, o Africano, Cipião Emiliano, Platão, Sócrates, Pitágoras, Sofócles, Epicuro, Homero, Ciro, o Grande. A velhice não é traiçoeira, a traição vem de nossos atos.

Um Conto de Natal (A Christmas Carol)

Publicado em 1843 em formato de folhetim, Um Conto de Natal se tornou uma das histórias natalinas mais famosas da literatura. Tendo sido escrita pelo escritor, jornalista, editor, dramaturgo e ator britânico Charles Dickens (1812-1870), se tornou um sucesso imediato. Dickens escreveu várias histórias natalinas, mas essa é a sua mais famosa. Nesse conto, o autor narra a história do rabugento, arrogante e mesquinho homens de negócios Ebenezer Scrooge, o qual era dono da Scrooge and Marley. A história se inicia na véspera de Natal, onde fazia-se sete anos que Jacob Marley, amigo e sócio de Scrooge havia falecido. O velho Scrooge detestava o Natal há muitos anos, e nunca apresentava gosto para se comemorar essa data, até que naquela noite, o fantasma de Marley apareceu para ele, dizendo que Scrooge seria visitado por três fantasmas do Natal que lhe dariam uma chance de mudar seu caráter e evitar o sofrimento após a morte. Scrooge fica descrente disso, mas Marley lhe mostra suas correntes e outros espíritos sofredores. Assim, ele decide ouvir o que tais espíritos tinham a lhe dizer.

Tal obra consiste em uma crítica ao capitalismo, a burguesia egoísta, a miséria londrina do século XIX, ao egoísmo, orgulho, ganância, etc. Embora tenha sido escrito no contexto do século XIX, tal obra fora adaptada para várias mídias, e ainda continua sendo uma história atual, pelos assuntos que trata. 

Um Estudo em Vermelho (A Study in Scarlet)

Um Estudo em Vermelho é notório por ter sido a estréia do médico inglês Arthur Conan Doyle (1859-1930) no ramo da literatura e por ter trazido ao mundo o mais famoso detetive de todos os tempos, Sherlock Holmes. Lançado originalmente em revista em 1887, depois convertido em um livro no ano seguinte. Em Um Estudo em Vermelho a Scotland Yard se depara com um misterioso assassinato ocorrido em uma casa abandonada, onde encontram uma poça de sangue sob a vítima, mas essa não apresenta ferimentos algum. No entanto, em uma parede no local do crime, encontra-se uma palavra escrita com sangue. A partir desse crime, Holmes e seu amigo o doutor John H. Watson se envolvem nesse mistério, sendo Holmes convidado a ajudar os detetives da Scotland Yard e Watson participa como seu companheiro e narrador da história. A obra é dividida em duas partes, sendo a primeira destinada a investigação do crime e a segunda conta a história do assassinos e dos assassinados, antes de chegar ao desfecho do caso. 

Doyle até o fim da vida ainda escreveria várias outras histórias das investigações de Sherlock Holmes, popularizando a personagem na literatura e em outras mídias. 

Utopia

Lançado em 1516, escrito por São Tomás Morus (1480-1535), ilustre estadista do rei da Inglaterra Henrique VIII. Escreveu uma das primeiras obras de cunho literário para expressar sua visão ideal de mundo. Na verdade o termo utopia, fora criado por Morus. Em sua obra, ele descreve a história de um viajante que viveu alguns anos na Ilha de Utopia, um local no qual ele diz ser praticamente perfeito, em termos de justiça, igualdade, respeito, trabalho, lazer, bem-estar social. O governo de Utopia era uma república formada com certas particularidades concebidas para a época de Morus. Idealizando um governo honesto e igualitário, bem diferente das monarquias que governavam a Europa.

Viagem ao centro da Terra (Voyage au centre de la Terre)

Considerado um dos maiores clássicos do escritor francês Júlio Verne (1828-1905) fora lançado em 1864, narrando a aventura do geólogo o Dr. Otto Lidenbrock e de seu sobrinho, Axel. Na história, os dois descobrem um antigo pergaminho estando escrito em alfabeto rúnico. Ao desvendar tal pergaminho eles se deparam com a história de um homem que havia viajado até o centro da Terra. Então Lidenbrock planeja fazer o mesmo. Os dois partem até a Islândia a procura do tal vulcão pelo qual o homem haiva entrando na terra.

Nessa parte da história, eles se juntam com um guia irlandês e desbravam os mistérios das profundezas do planeta. Verne ficou conhecido por ser um criativo escritor de ficção cientifica. Na jornada pelas profundezas do planeta, eles encontram um grande oceano, dinossauros, uma floresta antiga, animais pré-históricos etc.

Vinte mil léguas submarinas (Vingt mille lieues sous les mers)


Outro dos famosos clássicos de Júlio Verne, lançado em 1870. Dessa vez não são as profundezas da Terra que serão exploradas, mas, sim as profundezas dos mares. Abordo do submarino do século XIX o Náutilus comandado pelo capitão Nemo, os leitores desbravarão os mistérios da vida abaixo da água, em uma viagem pelo mundo.

"Uma casa sem livros é como uma casa sem janelas."
Horace Mann


NOTA: Sigmund Freud (1856-1939), escreveu alguns trabalhos baseados na interpretação das personanges de Shakespeare, Dostoiévski entre outros. Em seus trabalhos, Freud chegou na opinião de que para ele, as três maiores obras literárias que expressam as relações entre pai e filho, são Édipo Rei de Sófocles, Hamlet de Shakespeare e Os irmãos Karamázovi de Dostoiévski. De fato concordo com Freud neste caso, tais obras esboçam mentalidades de diferentes épocas da história, mas o impressionante que muitos dos dilemas que geram conflitos entre pais e filhos, são os mesmo independente da época e do lugar.
NOTA 2: Tolkien quando criou a Terra-média, e a história do Senhor dos Anéis, o Hobbit e o Silmarion, baseou-se em contos medievais, mitologia nórdica, contos arturianos, histórias cristãs, acontecimentos de sua vida, etc. Uma das obras que inspirou o autor fora o poema épico Beowulf.
NOTA 3: A Terra-média não fora um termo criado por Tolkien, na mitologia nórdica, a Terra-média era um dos nomes dados a Midgard, a terra dos homens. Tal nome se deve ao fato de que Midgar ficava entre Asgard, a terra dos deuses que ficava no céu e os mundo subterrâneos.
NOTA 4: Em Vinte mil léguas submarinas, Júlio Verne não se refere a profundidade dos oceanos, mas sim a distância percorrida pelo submarino Náutilus em sua viagem pelo mundo.
NOTA 5: No poema épico Ramayana, o demônio Ravana era rei do Ceilão (atualmente chamado de Sri Lanka).
NOTA 6: Em Vinte mil léguas submarinas, os tripulantes do Náutilus, visitam as ruínas submersas da lendária Atlântida.
NOTA 7: C. S. Lewis era um grande amigo de J. R. R. Tolkien, os dois pertenciam ao clube informal de escritores Inklings, além disso, Lewis e Tolkien haviam se conhecido durante a Primeira Guerra Mundial, onde lutaram juntos.


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