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Leandro Vilar

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Ode à Alegria

Talvez muitos de vocês desconheçam este poema escrito em 1785 pelo escritor, poeta e historiador Friedrich Schiller (1759-1805) (ver foto). Schiller compôs esta belíssima obra para um amigo que era francomaçom. Entretanto sua obra, visava uma utopia de mundo e de sociedade, representada por uma sociedade cosmopolita, cordial e solidária. Tais prerrogativas também eram amadas pelo compositor Ludwig van Beethoven (1770-1827). Beethoven teria ficado encantado com este poema e em 1823 ele integrou ao quarto movimento da sua maior composição a Nona Sinfonia. Atualmente, desde 1972 o poema Ode à Alegria ou Hino à Alegria, foi inicialmente o hino oficial do Conselho Europeu e a partir de 1986 da União Europeia. Hoje o poema Ode à Alegria é considerado como sendo o Hino a União e também o Hino a Humanidade, principalmente quando ele é cantado ao som da Nona Sinfonia.

"Séria é a vida, brilhante é a arte"
Friedrich Schiller

Ode À Alegria

Oh amigos, mudemos de tom!
Entoemos algo mais prazeroso
E mais alegre!

Alegre, formosa centelha divina,
Filha do Elíseo,
Ébrios de fogo entramos
Em teu santuário celeste!
Tua magia volta a unir |
O que o costume rigorosamente dividiu. |
Todos os homens se irmanam | 2X
Ali onde teu doce vôo se detém. |

Quem já conseguiu o maior tesouro
De ser o amigo de um amigo,
Quem já conquistou uma mulher amável
Rejubile-se conosco!
Sim, mesmo se alguém conquistar apenas uma alma,|
Uma única em todo o mundo. |
Mas aquele que falhou nisso | 2X
Que fique chorando sozinho! |

Alegria bebem todos os seres
No seio da Natureza:
Todos os bons, todos os maus,
Seguem seu rastro de rosas.
Ela nos deu beijos e vinho e |
Um amigo leal até a morte; |
Deu força para a vida aos mais humildes | 2x
E ao querubim que se ergue diante de Deus! |

Alegremente, como seus sóis corram
Através do esplêndido espaço celeste
Se expressem, irmãos, em seus caminhos,
Alegremente como o herói diante da vitória.

Alegre, formosa centelha divina,
Filha do Elíseo,
Ébrios de fogo entramos
Em teu santuário celeste!
Abracem-se milhões!
Enviem este beijo para todo o mundo!
Irmãos, além do céu estrelado
Mora um Pai Amado.
Milhões se deprimem diante Dele?
Mundo, você percebe seu Criador?
Procure-o mais acima do céu estrelado!
Sobre as estrelas onde Ele mora.

Versão original em alemão:

An Die Freude (Ode To Joy)

O Freunde, nicht diese Töne!
Sondern lasst uns angenehmere anstimmen
und freudenvollere!

Freude, schöner Götterfunken,
Tochter aus Elysium,
Wir betreten feuertrunken.
Himmlische, dein Heiligtum!
Deine Zauber binden wieder
Was die Mode streng geteilt;
Alle Menschen werden Brüder
Wo dein sanfter Flügel weilt.

Wem der grosse Wurf gelungen
Eines Freundes Freund zu sein,
Wer ein holdes Weib errungen,
Mische seinen Jubel ein!
Ja, wer auch nur eine Seele
Sein nennt auf dem Erdenrund!
Und wer's nie gekonnt, der stehle
Weinend sich aus diesem Bund.

Freude trinken alle Wesen
An den Brüsten der Natur;
Alle Guten, alle Bösen,
Folgen ihrer Rosenspur.
Küsse gab sie uns und Reben,
Einen Freund, geprüft im Tod;
Wollust ward dem Wurm gegeben,
Und der Cherub steht vor Gott!

Froh, wie seine Sonnen fliegen
Durch des Himmels prächt'gen Plan,
Laufet, Brüder, eure Bahn,
Freudig, wie ein Held zum Siegen.

Freude, schöner Götterfunken,
Tochter aus Elysium,
Wir betreten feuertrunken.
Himmlische, dein Heiligtum!
Seid umschlungen, Millionen.
Dieser Kuss der ganzen Welt!
Brüder! Über'm Sternenzelt
Muss ein lieber Vater wohnen.
Ihr stürzt nieder, Millionen?
Ahnest du den Schöpfer, Welt?
Such ihn über'm Sternenzelt!
Über Sternen muss er wohnen.

Fonte: http://letras.terra.com.br/ludwig-van-beethoven/3636/traducao.html

NOTA: Na época que este poema fora escrito, a Europa vivia no Século das Luzes ou Iluminismo. Porém além deste despertar para um novo entedimento do mundo e do ser humano; o poema fora escrito há 4 anos de ocorrer a Revolução Francesa. Pode-se notar que nestes versos, se observa os ideias de liberdade, fraternidade, solidariedade etc, visados pela Revolução Francesa e por outros movimentos revolucionários em voga na época que procuravam derrubar o absolutismo do Antigo Regime.
NOTA 2: Quando Beethoven compôs a Nona Sinfonia ele já estava completamente surdo.

Referências Bibliográficas:
LAROUSSE, Grande Enciclopédia Cultural, São Paulo, Nova Cultural, 1998.
BBC, Revista História #12, Triada, São Paulo, 2009.

LINKS:
http://www.starnews2001.com.br/nona_sinfonia.html
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/artigos/beethoven.htm
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,2230334,00.html
http://seguindopassoshistoria.blogspot.com/2009/12/genios-desacreditados.html

LINKS da Nona Sinfonia:
http://www.24listen.net/_-mvutiDRvQ/ludwig-van-beethovens-ninth-symphony/
http://www.youtube.com/watch?v=bcR63fPtSLs&feature=PlayList&p=673991920A1FCE44&playnext_from=PL&index=0&playnext=1 (Cena do filme Minha Amada Imortal)
http://www.youtube.com/watch?v=74nQXlAhTtA&feature=related (Final da novela Viver a Vida ao som do quarto movimento da Nona Sinfonia).

"Tudo passará, e o mundo perecerá, mas a Nona Sinfonia permanecerá."
Mikail Bakunin


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